noticias.uol.com.br/colunas/fernanda-magnotta/2023/11/05/de-olho-na-china-estados-unidos-lancam-novo-projeto-para-as-americas.htm
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Na última semana, o Presidente Joe Biden sediou, nos Estados Unidos, a cúpula de líderes da "Parceria das Américas para a Prosperidade Econômica" (Americas Partnership for Economic Prosperity - APEP, em inglês), um projeto do governo norte-americano que pretende estabelecer um fórum para fortalecer a competitividade regional e mobilizar investimentos em nossa região. Biden e os líderes de outros onze países - Barbados, Canadá, Chile, Colômbia, Costa Rica, República Dominicana, Equador, México, Panamá, Peru e Uruguai - anunciaram planos para impulsionar o crescimento e fortalecer cadeias de suprimentos críticas, com foco inicial em energia limpa, semicondutores e suprimentos médicos. A "Parceria das Américas" prevê consultas com uma ampla gama de partes interessadas, definindo reuniões ministeriais anuais e encontros bienais de líderes para atualizar prioridades coletivas. Os Estados Unidos, em colaboração com parceiros como o DFC, o BID Invest, a USAID e outros países como Canadá, Coreia do Sul e Espanha, dizem que desejam liderar uma série de iniciativas para promover o desenvolvimento e a sustentabilidade na região. Isso inclui o lançamento de uma nova plataforma de investimento para canalizar financiamento para infraestrutura sustentável, visando construir portos modernos, redes de energia limpa e infraestrutura digital. Na prática, o que sabemos é que será implementado um programa acelerador para apoiar empreendedores em ascensão, com um investimento inicial de apenas US$ 5 milhões da USAID. Ademais, os compromissos conjuntos também se estendem para expandir infraestrutura e serviços sociais para migrantes e suas comunidades anfitriãs, além de desenvolver uma força de trabalho regional no setor de tecnologia digital, com enfoque em semicondutores, cibersegurança, 5G e inteligência artificial. Por fim, há planos para criar um fundo destinado a impulsionar investimentos em soluções climáticas inovadoras, como "títulos azuis/verdes" e trocas de "dívida por natureza", com o objetivo de preservar a biodiversidade e reduzir as emissões de carbono. Aos otimistas de plantão, são promessas de um futuro bom. Ao mais céticos, apenas gestos sem muita substância. Aliás, a literatura especializada vem descrevendo as relações Estados-América Latina no mundo pós-Guerra Fria como marcadas por reatividade, desinteresse e assimetria, independente da liderança à frente do governo. O consenso é de que há uma tendência dos norte-americanos de deixar de lado, ou simplesmente rejeitar, os problemas da região, desde que não constituam fonte potencial de ameaça à estratégia de segurança ou econômica dos Estados Unidos. O fato é que inúmeras iniciativas análogas foram sugeridas no passado, mas nunca foram realmente levadas a sério ou tratadas como prioritárias. Como consequência, testemunhamos, nas últimas décadas, o vácuo norte-americano sendo ocupado pelos chineses, sobretudo na era pós-Xi Jinping, em que a China é mais ambiciosa e tem uma política externa mais agressiva, associada à transformação do seu modelo de desenvolvimento rumo à uma economia baseada na inovação, vide projetos como "Belt and Road" e "Made in China 2025", já amplamente discutidos nessa coluna anteriormente.
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The United States has launched the "Americas Partnership for Economic Prosperity" (APEP) project, aiming to strengthen regional competitiveness and mobilize investments in the Americas. President Joe Biden and leaders from eleven other countries announced plans to boost growth and strengthen critical supply chains, focusing on clean energy, semiconductors, and medical supplies. The project includes consultations with stakeholders, annual ministerial meetings, and biennial leader meetings. The US, along with partners like the DFC, BID Invest, and USAID, plans to lead initiatives for sustainable development in the region, including a new investment platform for sustainable infrastructure. The project also aims to expand infrastructure and social services for migrants, develop a regional workforce in the digital technology sector, and create a fund for innovative climate solutions. The initiative is seen as a response to China's growing influence in the region.
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